Recado da Copa do Mundo
Esta Copa do Mundo já promoveu muitas surpresas. A Coreia do Sul derrubou muitos bolões mundo afora, a Alemanha decepcionou uma nação inteira e as expectativas dos amantes do esporte bretão, o Peru não fez um torneio que seja memorável. Mas não foi só dentro de campo que houve novidades. A Copa do Mundo da Rússia dá um bom sinal para a sociedade civil: nem só de política vive o cidadão.
Muitos apostavam que as ruas do país seriam um verdadeiro velório, sem qualquer emoção e envolvimento dentro do Brasil. Contudo, não é isso que se vê durante o torneio. Os milhões de cidadãos comuns, que trabalham todo o dia, sem padrinhos políticos, sem ONG’s que paguem suas contas, sem vaguinha em gabinete de deputado ou vereador, esses estão satisfeitos com a Copa, pois é o momento de descansar. E quem trabalha precisa descansar, precisa de lazer. Quem não precisa de lazer é quem não trabalha, quem está lotado em cabides de emprego do funcionalismo público. Esses não querem o sucesso do país na Copa porque, quando o torneio acabar, eles viajam para Paris e Miami, para fazer a revolução com o chapeuzinho do Mickey na cabeça e Channel 5 na bolsa.