Preparação para o Matrimônio – II
Antes de avançar sobre as características do matrimônio, importa meditar sobre um aspecto essencial deste sacramento: o serviço. Todos os esposos, noivos e namorados deviam pensar na seguinte frase do Evangelho: “aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobra-la-á” (Mt 16, 25).
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- Estou preparado(a) para servir sem reservas o(a) esposo(a) que receberei?
- Meu matrimônio já é serviço para o(a) esposo(a), cujo(a) amor, companhia e fidelidade devotei?

Houve tempo em que o matrimônio era visto como modo de se alcançar bens (tanto pelo lado de quem dava a filha em matrimônio quanto do lado de quem pleiteava as bodas). Neste sentido, o cristianismo é um avanço incomensurável em relação ao paganismo, cujo objetivo com o matrimônio era apenas auferir algum tipo de benefício material (terras, poder, pensões, heranças), incluindo nesse negócio todo prazer físico que fosse possível. Para os cristãos, o matrimônio não se reduz à troca de carteiras, muito menos a troca de fluidos corporais; antes, matrimônio é a entrega total e integral do indivíduo, um homem a uma mulher, livre, aberto à vida incondicionalmente. O paganismo de modo algum tolera amores incondicionais, amores generosos. O primeiro passo para os que se sentem chamados ao matrimônio é entender o caráter diaconal do matrimônio: o fundamento da vida conjugal é a doação dos esposos, mas não de modo impreciso. Nas palavras de São João Paulo II, “a tarefa fundamental da família é o serviço à vida” (Familiaris Consortio, 28). Em breve falaremos mais disso.
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