Intolerância ambidestra: defenda sua família
O jornal Gazeta do Povo publicou mais um artigo meu recentemente. Naquela reflexão, ofereço uma abordagem ampla sobre intolerância. Não apenas da intolerância religiosa, que acusa, julga e condena a partir da perspectiva teísta. Também chamo a atenção para a intolerância ateísta, que igualmente ganha contornos judicialistas em tribunais Brasil afora. E que tem atacado preferencialmente as famílias católicas. A intolerância não reconhece direita nem esquerda. Nem respeita valores e princípios familiares. Eis um extrato de Intolerância ambidestra:
Paul Ricoeur desmonta a armadilha da neutralidade na ação humana. Em um texto da década de 1980, Interpretação e ideologia, o filósofo francês afirma ser aterrador o que se diz sobre ideologia, mas é especialmente grave quando se pretende dizê-lo de um lugar não ideológico. A intenção de avaliar quaisquer assuntos a partir de um ponto neutro é um equivoco datado: origina-se no início da filosofia moderna e encontra no pensador René Descartes o estereótipo mais conhecido. A dúvida metódica encarna perfeitamente essa busca pelo lugar seguro para a pesquisa da verdade.
Eis um ponto pacífico na filosofia prática: não há neutralidade na ação humana. Contrariando a perspectiva cartesiana, não há alternativa à adoção de um absoluto para a vida. Segundo Ricoeur, é necessário abandonar qualquer esperança de um lugar neutro, de onde se analise a ação humana sem influências que encaminhem para questões de princípio. Em momentos de crise, as opiniões tendem naturalmente a um absoluto positivo, com claro teor metafísico, ou para um absoluto negativo, igualmente metafísico, pois não há comprovações físicas de sua inexistência.
Para ler o texto completo, vejam aqui.
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