Feridas Inevitáveis
Na guerra, é inevitável que sobrevenham feridas. Essa frase, dita por um amigo recentemente, aponta para um fato: só quem luta traz cicatrizes de guerra. De outro modo, quem aceita ir para o campo de batalha moral precisa acostumar-se com as feridas da batalha. Não há atalhos, não há facilidades.
Minha família passou por momentos difíceis recentemente e então provoquei o amigo: o senhor não me disse que na guerra o Inimigo pode atacar civis inocentes fora do campo de batalha (fazia referência a minha esposa e filhos). Que eu me fira por lutar pela família e valores humanos e cristãos, tudo bem. Afinal, estou no front. Mas sofrer ataques em casa, brinquei. Então o amigo respondeu: entendeu mal minhas palavras. As tribulações que todos passamos não são poupadas aos que aceitam o convite para a infantaria.
Entendi a correção, mas a questão continuou comigo: poderia o Inimigo atacar civis inocentes fora do campo de batalha? O Inimigo não teria a dignidade de poupar os que não estão guerreando? A resposta é não. Ele não respeita acordos, nem oferece clemência. Na batalha pela alma do homem, na batalha pelo mundo, o Inimigo não faz diferença entre militares e civis, entre aqueles que estão no front, na luta corporal, e os que estão em casa. Ele é assim: covarde!
Entretanto, o ataque a civis inocentes fora do campo de batalha é um sintoma de fraqueza: o Inimigo acusou o golpe! Faltam recursos, faltam artimanhas, faltam armadilhas. Então, ele apela à família.
É, pois, a hora de atacar com ainda mais força e frequência, com mais intrepidez e coragem! A guerra foi vencida e isso me dá ainda mais confiança de que podemos conseguir algumas vitórias em nossas batalhas pessoais e pela família.
Se ele pode atacar inocentes e indefesos, Deus se faz nosso Defensor e Advogado. E se algum mal nos toca, é para nosso bem que Deus o permite. Louvado seja Deus!
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