A perseguição à educação domiciliar – Pe. Matheus Pigozzo
Parte o coração saber de inúmeras famílias que educam seus filhos em casa serem literalmente perseguidas pelo sistema estatal. O Estado existe para garantir a liberdade e os direitos da família e não persegui-la.
Quando conhecemos crianças educadas pelo chamado homeschooling os mitos se desfazem à primeira vista. As famílias educadoras que eu conheço têm filhos com formação humana e intelectual sólidas.
O aparelho estatal, ainda embebido de ideologias esquerdistas, sabe que tendo famílias que conseguem ter os pais como referência e autoridade para seus filhos perde objetos de sua manipulação de poder.
Esse pessoal que se diz tutelar crianças dos outros deveria se envergonhar de intimar essas famílias que, como tantas outras, procuram modos de formar bem seus filhos, ao invés de estarem indo atrás das crianças expostas à devassidão moral e ao abandono intelectual, que por sinal se encontra em qualquer esquina.
O Estado e nem a vizinha desinformada geram essas crianças, ficaram noites acordados com choros de bebê, pagaram as contas da casa, não têm o direito nem natural nem social de entrarem nos lares e tratarem como criminosos quem se sacrifica pelo bem de sua prole.
Na escola ou em casa, quem tem a soberania sobre a formação dos filhos é a família não a máquina estatal!
Tem muita criança desprotegida precisando de tutela, poderiam investigar, denunciar e autuar pessoas desonestas e verdadeiramente criminosas ao invés de se esforçarem para destruir, em nome do bem da sociedade, as famílias que são na verdade seu fundamento.
A perseguição às famílias educadoras é mais uma face do Brasil que vem sendo dilacerado por ideologias e anestesiado por impunidades. Enquanto o bom cidadão inocente é encurralado com sua esposa e filhos se escondendo na sua própria casa, aquele que rouba, faz o mal e é imoral anda de cabeça erguida na praça pública!
Que Deus permita tão logo os responsáveis garantirem uma legislação que proteja o direito dessas famílias e os soldados defensores de vento cacem quem verdadeiramente tem destruído esse país.
Pe. Matheus Pigozzo – Arquidiocese de Niterói
3 Comments
Não concordo totalmente com o autor do artigo. Acredito que a convivência com outros colegas no ambiente escolar é benéfico e, tenho dúvidas quanto ao benefício de isolar a família do restante da sociedade. Ao contrário, as questões trazidas pelos filhos para a família é a oportunidade de demonstrar à criança onde a família diverge e/ou concorda no assunto e o porque. A família tem o direito de escolher a escola onde matriculará o filho e, os pais devem acompanhar e participar do processo educacional oferecido pela escola. Mesmo a escola pública oferece e estimula a participação dos familiares em diferentes atividades. A escola é um espaço de convivência mas, a educação é devida a família.Pelo menos, é como vejo.
É um tema polêmico. Eu não gosto de homeschooling, mas acho que as famílias devem ter o direito de escolher o modo de educar seus filhos, dentro da lei e com o apoio do estado. Embora não queira essa formação para meus filhos, não é certo proibir que as famílias façam como queiram, penso.
Aconselho a conhecer famílias que praticam a educação domiciliar, muitos mitos, como esse tão comum da “falta de convivência” caem por terra, até pq a escola não é o único ambiente em que crianças, famílias, pessoas em geral se encontram.
As crianças em formação não tem maturidade pra “trazer questões” aos pais vinda de um sistema escolar e de outras formações familiares sem que cause confusões e deformações. É preciso formar e solidificar, para depois se ter base para discussões.
Os pais têm o direito de escolher não só a escola, eles têm o direito de escolher o modo de educar os filhos. Esse direito não está só sendo negado, mas está sendo tratado como crime.
Trato do assunto conhecendo algumas famílias educadoras. Acho que o assunto precisa ser visto de forma concreta e não baseado em preconceitos instituídos pela mídia e sistema ideológico atual.